quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Engenho de Santana fará primeiro ensaio nesta quinta




O elenco do espetáculo 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica estará reunido nesta quinta-feira (15) para seu primeiro ensaio. As improvisações artísticas acontecerão a partir das 19 horas, na Casa dos Artistas de Ilhéus, substituindo o projeto Improviso, Oxente!, que foi transferido para a próxima semana. “Atores e músicos farão experimentações a partir das pesquisas históricas das últimas discussões”, informou o autor e diretor, Romualdo Lisboa. 

O processo de montagem na nova peça do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) começou com os debates Improviso, Oxente!, trazendo especialistas sobre o período histórico e o evento inspiradores do espetáculo. No último dia 08, esteve presente o arqueólogo Elvis Barbosa, que abordou “O Engenho de Santana – sua dinâmica e suas estruturas no período colonial”. 

O pesquisador descreveu as características e disposição geográfica do Engenho de Santana, diferentes do padrão apresentado pelos livros didáticos. Os escravos moravam em casas, ao invés de senzalas, localizadas em terreno íngreme e dispostas em três ruas. A casa do administrador não tinha visão para as residências, sugerindo que os cativos tinham mais liberdade que dos demais engenhos brasileiros. 

De acordo com o professor Elvis Barbosa, a história de Ilhéus pode ser contada antes e depois da cacauicultura. “Muito de antes do cacau é desconhecido ou foi apagado”, relatou. Ele disse que a lavoura cacaueira dificulta o encontro de vestígios do Engenho de Santana, que chegou a ser um dos principais produtores de açúcar da Bahia, no período colonial. “Quem conhece uma roça de cacau sabe que o solo é coberto por muito sedimento. A arqueologia trabalha com escavações. É difícil convencer os produtores a tirar alguns cacaueiros para procurarmos materiais”, explicou. 



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